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Eduardo Braide fica em silêncio sobre demissões em massa na equipe de governo após revelação de contrato de R$ 18 milhões sem licitação

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), mantém silêncio sobre as demissões na Comissão Permanente de Licitação (CPL). Foram 14 no total (incluindo o presidente Washington Viêgas) que vieram após a divulgação de um contrato de R$ 18 milhões feito com dispensa de licitação favorecendo empresa de um ex-assessor do prefeito.

O silêncio é a estratégia de Eduardo Braide quando há escândalos em sua gestão. Em 2022, foi denunciado na Câmara Municipal de São Luís uma licitação de R$ 1,7 milhão na Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas) que favoreceu a empresa de uma amiga da então secretária Ana Carla Furtado.

Além disto, foram detectadas problemas em alimentação fornecida em locais ligados a Semcas.

Na ocasião, Braide demitiu Ana Carla Furtado e mais todos os servidores da secretaria (foram mais de 90). O prefeito nunca falou sobre as demissões e nem sobre o contrato direcionado.

Mais recente, outro contrato milionário levou Eduardo Braide a fazer demissões em seu primeiro escalão. O Instituto Juju e Cacaia e contrato por quase R$ 7 milhões para fazer o carnaval deste ano levou a queda de parte da cúpula da Secretaria de Cultural. Sobre o episódio, Braide nunca se pronunciou.

Assim como nunca falou nada a respeito de aditivo de quase R$ 2 milhões para o mesmo instituto.

A estratégia de Braide é passar a ideia de que nada sabe sobre as possíveis irregularidades e é intolerante a qualquer tipo de corrupção que possa ter acontecido. O problema é que os próprios auxiliares (e os ex-auxiliares) dizem que nada é feito na Prefeitura de São Luís sem que Eduardo Braide saiba.

Mas mesmo considerando que ele não sabia da dispensa de licitação, é preciso que Braide explique para a população o motivo para tantas demissões na CPL. Se foi pelo contrato de R$ 18 milhões, este será cancelado?

O prefeito precisa lembrar que mesmo despachado de um palácio, ele não vive em uma monarquia em que o rei não deve explicações para seus súditos.

O imirante entrou em contato com o secretário de Governo, Emílio Murad, para saber os motivos das demissões na CPL.

Emílio Murad responde pela secretaria de Comunicação desde dezembro do ano passado.

Sobre a solicitação, Murad nada disse. Mantém silêncio assim como seu chefe.

(Reprodução: Imirante Política)

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